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sábado, 15 de julho de 2017

À vida e o Tempo

À vida e sua caixinha de mistérios
Ora boa, ora ruim
Ora dura de acreditar
Ora certa para nos libertar


Por mais que façamos planos querendo ficar
Vem à brisa e muda tudo
Nos levando a outro lugar

À vida é o que nos mata sem crime cometer
É o que nos derruba e nos levanta
Sem ao menos perceber

À vida e o canto de suas cirandas
Ora bela e colorida
Ora escura e enrustida

O tempo e à vida
Quando caminham juntos
Nos fazem querer celebrar
O específico de cada motivo

Ele precursor de distintas causas
Nós, sacerdotes das humanas razões
Personagens de um jogo de esconde-esconde
Onde o que procuramos ninguém sabe explicar

À vida e o tempo
Ainda que por trás do véu cinzento
Nos fazem sonhar, acreditar

Na vida e no tempo
Poetizamos às tristezas que de nossas mãos se desprendem
Por um justo motivo
Voltar a acreditar


(David Érick)

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