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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Caboclo

Sob o canto dos pássaros
Desperta o pequeno ser
Escoltado pelas borboletas começa na lida
Esquecendo as horas, até entardecer

Com as mãos sujas e calejadas trabalha na terra vermelha
Em meio a poeira que lhe corta os olhos
Grãos de amor o caboclo semeia

Ao anoitecer guiado pelos vagalumes retorna para casa
Cansado, suado
Tendo a sua espera uma bica de água gelada e um rádio quebrado

Ao preparar o alimento
A lenha queima no fogão
Abobrinha, mandioca
Ovo frito e pimentão

Ao deitar em sua rede
Canta a brisa com emoção
Assim dorme o cabolo
Ouvindo a mais bela canção.

(David Érick)

3 comentários:

  1. Ser sensível em uma sociedade insensível tem seu preço, que pena que muitos nao enxergam e nao ouvem o amor em tudo que nos rodeia; ... me referindo ao comentário acima...lindo o seu texto

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  2. Obrigado pelas belas palavras. Parafraseando este maluco ciclo que vivência humana ao qual pertencemos, eis o preço que temos que pagar. Fraterno abraço.

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