Sob o canto dos pássaros
Desperta o pequeno ser
Escoltado pelas borboletas começa na lida
Esquecendo as horas, até entardecer
Com as mãos sujas e calejadas trabalha na terra vermelha
Em meio a poeira que lhe corta os olhos
Grãos de amor o caboclo semeia
Ao anoitecer guiado pelos vagalumes retorna para casa
Cansado, suado
Tendo a sua espera uma bica de água gelada e um rádio quebrado
Ao preparar o alimento
A lenha queima no fogão
Abobrinha, mandioca
Ovo frito e pimentão
Ao deitar em sua rede
Canta a brisa com emoção
Assim dorme o cabolo
Ouvindo a mais bela canção.
(David Érick)