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segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Ela

Tão bela quanto o brilho da lua
Tão intensa quanto as ondas do mar
Inquieta invade minha mente
Com um toque suave me faz delirar

No vazio de um mundo de sonhos
Teus olhos castanhos desejo encontrar
Ficar frente a frente contigo
E dizer que em teus braços quero repousar

Em meio aos anjos e cantos
Crenças e contos vêm nos envolver

A voz
Sem razão, nem porque
Diz que a alma que eu busco
Se encontra em você


David Erick;

Porto Seguro

Se aquieta
Se acomode
Venha sempre
Volte logo

Aqui ou acolá
Esteja sempre onde queira estar
Não importa o destino
Tampouco o lugar

Se aquieta
Se acomode
Venha sempre
Volte logo

Juntar seus braços aos meus abraços
Seu cheiro ao meu sentido
Seus passos ao meu caminho
Seu cansaço ao meu abrigo

Se aquieta
Se acomode
Venha sempre
Volte logo

Juntar sua voz aos meus ouvidos
Seus desejos aos meus sentidos
Por vezes
Tão reprimidos

Te dei meus olhos para tomares conta
Minhas travessuras
Nossas afrontas

Assim
Ao juntar o desejo de amar
Com o poder de cuidar
Finalmente poderemos calar


David Erick;

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Memórias de um Templo de Amor e Pecado

Éramos como inverno e verão
Canção e melodia
Amor e poesia
Equilibrados
Como pingado de padaria

Lembro-me de quando
Me esperava de joelhos
Seus braços entrelaçavam minha cintura
Enquanto olhava fixamente em meus olhos

Lembro-me das suas curvas
Um jocoso caminho
Estrada da perdição

Sentia o aroma das juntas do seu corpo
Prestes a entrar em erupção
Quente
Como lava de vulcão

Seu olhar penetrante
Pintava metáforas em minha pele
E sem querer fugir
Deixava-me desenhar
Por seus olhos cor de mel

Lembro-me da doçura dos seus lábios
Enquanto suas coxas
Aqueciam minhas orelhas

Ah garota;
Ao adentrar seu templo sagrado
Nossas almas se conectavam
Era como se tivéssemos o mesmo coração

A cada mundo de desejo
No qual me transportava
Lá você estava
Intensa como furacão
Suave como chuva de verão

Lembro-me do seu corpo besuntado
Com cheiro de rosas
Entregando-se aos meus agrados

Mas em...
Algo deu errado
Como uma brincadeira no tempo
Um presságio, um momento
A dor... sofrimento

Naquele 25 de maio
As coisas amanheceram diferentes
O café frio na xícara
Seu olhar distante
O vento que insistia em não cessar

No elevador do prédio
Suas mãos não me tocaram
Ao abrir a porta
Apenas um olhar dizendo adeus

Como se você soubesse
Sim, era presságio
Uma brincadeira no tempo
Mal sabia eu
Que aquele seria nosso último momento

Fomos em direções opostas
Você atendeu ao chamado de Deus
E lá de cima
Deu seu toque no dissipar das nuvens

Mas não tinha mais jeito
Você estava impregnada em mim
Ficou no espaço entre a cama e a porta do quarto
Entre mim e a porta do mundo

Sete anos se passaram
VENCI
De ti guardo lembranças de outrora
Seu templo sagrado
De amor e pecado


David Erick;